Editorial
Hora de cobrar posicionamento
Recentemente o DP fez um editorial sobre o trabalho eterno das lideranças locais, que frequentemente precisam pegar a estrada para lutar por emendas e apoio em pautas caras à região, como a BR-116, a sede própria do Hospital Escola da UFPel e tantas outras. No entanto, agora é hora da população cobrar que essas mesmas lideranças façam pressão cada vez maior na CEEE Equatorial e no governo do Estado por uma solução de uma situação que vai se tornando cada vez mais corriqueira: os apagões.
A Zona Sul já sofre em relação ao restante do Estado em termos de investimentos, de desenvolvimento e tudo mais. Agora, se tornou uma pauta praticamente trimestral enfrentar semanas sem luz. É muito além de um desrespeito. É desumano. Por mais que, diariamente desde então o DP e outros veículos locais estejam jogando luz à situação, é muito pouco. É momento das classes política e empresarial exercerem seu poder para tentar resolver esse problema.
É uma situação que já ultrapassou os limites do desrespeito. O gesto simbólico dos produtores leiteiros de Arroio Grande, que jogaram leite estragado na sede da CEEE Equatorial, expõe a quantidade de perdas que se tem com a falta de abastecimento, agora principalmente nos locais mais distantes dos centros da cidade. Se bem que nem a questão geográfica acaba sendo significativa. Na avenida Bento Gonçalves, principal via de Pelotas, diante do parque Dom Antônio Zattera, nossa reportagem mostrou um restaurante, na semana passada, ficando cinco dias sem luz. Perdas incontáveis. E a Equatorial sequer tinha identificado - a resposta da assessoria, naquele momento, foi que a cidade já estava com 99% do abastecimento retomado - uma piada, de muito mau gosto.
Pelotas instaurou uma CPI, mas já passou da hora do Estado também se articular contra o absurdo que é a forma como a concessionária tem lidado com a Zona Sul. A visita do presidente no ano passado de nada adiantou e precisou de uma ventania - que nem foi das maiores, considerando o que costuma acontecer por aqui no inverno - para voltarmos ao mesmo patamar de problemas e transtornos. Se a região ainda pensa em desenvolvimento, vai precisar de união para ser tratada com respeito e dignidade por quem presta um serviço essencial.
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